terça-feira, 2 de outubro de 2012

Coxia viu - Cordel do Amor sem fim

Quais são os limites do Amor? O Amor pode ser limitado por alguém? O amor de irmãos, o amor de Deus e o Amor entre duas pessoas, qual é o mais forte? Tentar medir a força deste sentimento tão nobre parece ser o papel principal do espectador ao assistir o "Cordel do Amor sem Fim".  


Aos poucos, como o desabrochar de uma flor em plena primavera, os narradores Pablo Almeida e João Marcelo Di Martino, dão início ao conto de três irmãs, às margens do Rio São Francisco, no sertão baiano, donde falta estrutura básica para se viver, mas sobra esperança para sonhar.

Na levada do som contagiante do violão, pandeiro e zabumba, característico do cordel, a plateia é convidada a sonhar junto com Teresa (Letícia Karneiro), torcer por Carminha (Viviane Reis), sentir remorço de Zé (Luciano Torres) e enlouquecer com Madalena (Ana Carolina Rainha), tudo por causa da chegada do atirado Antônio (Pablo Almeida).

O ritmo esquenta, as irmãs exalam sensibilidade, harmonia e boas doses de humor, quando uma revelação vem a tona, conflitando todas as personagens. Pode-se incluir a plateia também, como tal, pois a partir daí é difícil tomar partido diante de provas tão contundentes de amor incondicional. É comovente a interpretação de Letícia Karneiro no papel da apaixonada Tereza.

O moderno cordel em questão, dirigido por Letícia Karneiro e com texto de Cláudia Barral, não só canta e conta as formas de amor, desde as mais simples até as mais complexas, como expõe defeitos e conflitos comuns, muito bem harmonizados com as luzes, o cenário e as coreografias. Tudo isso para dizer, sobretudo, como a vida não tem sentido algum sem um grande amor.


Em cartaz até novembro, terças e quartas, 18h, no Teatro Miguel Falabella




Se você quer contar sua experiência ao assistir esta ou outra peça, fique a vontade. Tem bastante espaço na Coxia!

Post um comentário ou mande sua resenha para coxiadorio@gmail.com

Com apreço,
Eduardo Rolim

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