
No meu último post, eu disse que faria menção às maravilhas do igualmente maravilhoso bairro de Sta Teresa, mas a força das circunstâncias me obriga a mudar o foco. Me refiro ao lamentável acidente ocorrido no último sábado, em que um bondinho saiu dos trilhos, causando a morte de cinco pessoas e ferindo outras cinquenta e sete, um claro sinal de superlotação, já que o bondinho tinha capacidade para 38 pessoas (segundo os moradores, há apenas três bondes operando e o intervalo entre eles chega a uma hora).
De acordo com os relatos dos funcionários do órgão que administra os veículos, o bonde era o mais antigo da frota, estava em péssimo estado de conservação e já tinha se chocado com um ônibus no mesmo dia, fato suficiente para que o veículo não voltasse a operar e fosse para a oficina, o que nos faz crer que o trânsito de bondes avariados ou com outros problemas é um fato corriqueiro nas ruas de Santa Teresa. E pelas análises prévias da perícia, o bonde estava sem freios, pois não havia nos trilhos sinais que indicassem a intençao de frenagem por parte do motorneiro.
O bondinho é um dos patrimônios turísticos e culturais da nossa cidade e não deve ficar à mercê de descasos políticos. Parece que o governador Sérgio Cabral só volta suas atenções para as badaladas pacificações de morros, que de tão aparentemente bem sucedidas, provocam em muitas pessoas (eu incluído) uma forte sensação de que nos bastidores as coisas não são exatamente como eles querem que a população veja.
Mesmo que a ocasião não seja a mais oportuna, não consegui ficar indiferente e meus pensamentos logo remeteram ao Campeonato Carioca desse ano, quando foi criado um funk que asssociou o Flamengo a um bonde sem freio. No imaginário do torcedor, um bonde desenfreado é o máximo. Na realidade carioca, é desastroso e péssimo para uma cidade que abrigará eventos de porte mundial nos próximos anos.
Que as responsabilidades sejam apuradas e que as providências para melhorar as condições de uso dos bondes sejam tomadas. É o que esperamos.
Fim do primeiro ato. Até breve.
O bondinho é um dos patrimônios turísticos e culturais da nossa cidade e não deve ficar à mercê de descasos políticos. Parece que o governador Sérgio Cabral só volta suas atenções para as badaladas pacificações de morros, que de tão aparentemente bem sucedidas, provocam em muitas pessoas (eu incluído) uma forte sensação de que nos bastidores as coisas não são exatamente como eles querem que a população veja.
Mesmo que a ocasião não seja a mais oportuna, não consegui ficar indiferente e meus pensamentos logo remeteram ao Campeonato Carioca desse ano, quando foi criado um funk que asssociou o Flamengo a um bonde sem freio. No imaginário do torcedor, um bonde desenfreado é o máximo. Na realidade carioca, é desastroso e péssimo para uma cidade que abrigará eventos de porte mundial nos próximos anos.
Que as responsabilidades sejam apuradas e que as providências para melhorar as condições de uso dos bondes sejam tomadas. É o que esperamos.
Coxieiros,estamos de luto!
ResponderExcluirComo bem o Beto Magalhães escreveu, a prioridade é salvar o transporte mais charmoso e tradicional da história da Cidade Maravilhosa.
Já ouvi o Governador Sergio Cabral admitir o sucateamento do Bonde. Ouvi dele, em 2009, que essa responsabilidade deveria ser da Prefeitura.
Está claro a omissão (assassina) do poder público para engrossar e justificar o discurso da privatização. Ora! Para privatizar um serviço tão simples como esse não precisava deixar 6 pessoas morrerem!! Será que vem mais uma empresa "amiga" do governador por aí?
Questão para se pensar:O bonde custava R$0,60. Não interessava a nenhuma empresa privada. Com um discurso de reestruturação emergencial voltado exclusivamente para o turismo, a passagem pode se equivaler à dos ônibus "frescões". Os moradores que se virem com os micro-ônibus que acabam às 22h e as igualmente perigosas e não regulamentadas Kombis.
Fiquem de olho!!!